Como o amor desta bióloga pelas araras salvou uma espécie da extinção

Quando Neiva Guedes começou a estudar as araras-azuis, há mais de 30 anos, a espécie estava quase extinta na natureza. 

Por Paulina Chamorro
fotos de João Marcos Rosa
Publicado 29 de out. de 2019, 20:03 BRT, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT
arara-azul
A bióloga Neiva Guedes avalia um filhote de arara-azul após coletar seus dados e amostras. Ela é presidente do Instituto Arara-azul – que trabalha na conservação da espécie há mais de 30 anos – e conhece como poucos os desafios para proteger uma das aves mais emblemáticas do Brasil.
Foto de João Marcos Rosa

Partimos de Baía das Pedras – no coração do Pantanal Sul-mato-grossense, onde testemunhamos o trabalho de Patrícia Médici – e cruzamos estradas de terra seca por 350 km até nos encontrarmos, próximos de Aquidauana (MS), com a bióloga, pesquisadora e professora Neiva Guedes, um dos nomes mais conhecidos no mundo da conservação.

Convivemos alguns dias com Neiva, acompanhando um trabalho que é referência mundial em psitacídeos, a ordem de aves que reúne mais de 360 espécies, dentre elas as araras.

Neiva criou o projeto Arara-azul em 1990, e seus estudos pioneiros são exaltados por acadêmicos de todo o planeta. No entanto, a fama de Neiva ultrapassa o ambiente da comunidade científica. Ao desembarcar do veículo na fazenda Conquista, do pecuarista Fausto Sandoval Barbosa, ela é recebida com entusiasmo: “Neiva Guedes, eu te vejo há vinte anos pela televisão”, chega bradando seu Fausto, todo animado. Na Fazenda Conquista, onde mais de 40 araras voam todo fim da tarde, estão instalados quatro ninhos artificiais. Idealizados por Neiva, essas pequenas caixas de madeira são um dos principais responsáveis pela recuperação das populações de arara-azul no Pantanal. Como a espécie costuma usar buracos de árvores para nidificar, os ninhos funcionam como um estímulo crucial para a reprodução das aves.

Caminhamos até os ninhos, não sem antes uma rodada de café com pipoca. Para Neiva, essa introdução é muito importante: um momento especial no qual compartilha com a equipe a estratégia de conservação da arara-azul. Conversar com as pessoas do Pantanal – às vezes isoladas há muito tempo do convívio humano, mas coexistindo com uma fauna riquíssima ao seu redor – pode trazer grandes ferramentas e ideias de transformação.

Durante quase dez anos, desde o início do projeto, a presença constante de uma mulher acompanhada de apenas um ajudante, marcou a reputação de Neiva no Pantanal. No fim dos anos 1980, quando começou a pesquisa in loco, indo a cavalo, de carro ou de carona a lugares que nem sempre tinham estrada marcada, ela começou a ser reconhecida como “a mulher das araras”. Isso muito antes da internet. Os anos passados em campo, escalando árvores, deram a ela a confiança de todos os pantaneiros, desde peões até grandes proprietários de fazendas.

“A partir do momento que começo a trabalhar com as araras, a circular na região, subir nos ninhos, voltando ano após ano”, diz Neiva, “e sendo uma mulher dirigindo um carro no Pantanal... Isso chamou a atenção deles.”

Confira o especial Dia Internacional da Mulher, no National Geographic. Domingo, 8 de março, a partir das 18h.
A bióloga Neiva Guedes descobriu sua paixão pela natureza cedo. Tão logo teve a primeira oportunidade de trabalhar em campo, trouxe todo seu amor para uma das iniciativas mais exitosas da história da conservação brasileira, o Instituto Arara-azul. Depois de formada, iniciou seus trabalhos no Pantanal, tentando entender quais fatores levaram a população de araras-azuis a um declínio tão grande. Trinta anos depois, as ações do seu projeto conseguiram ajudar a reverter um quadro de quase extinção da espécie. Mas os desafios persistem, e a incansável Neiva segue na linha de frente da luta pela conservação da biodiversidade.
Foto de João Marcos Rosa

Para ela, o sucesso do projeto se deve principalmente a esse intercâmbio com os locais. “Eu sempre estive muito próxima da comunidade. Sempre acreditei que para trabalhar com conservação era necessário trabalhar junto com os proprietários”, diz Neiva. “Porque se eu quisesse apenas concluir o meu mestrado era só coletar os dados e ir embora. Talvez a arara acabasse. Assim, fomos conversando e mostrando para as pessoas o que estávamos estudando, que elas eram privilegiadas de morar junto com as araras e de ter essa convivência harmoniosa com as aves todos os dias. É uma vida muito bacana a do pantaneiro tradicional junto com a natureza, muito harmoniosa.”

Seguimos ouvindo Neiva e sua equipe durante os deslocamentos pela planície pantaneira. Numa dessas travessias, estive no carro com Cesar Correa, cunhado de Neiva, responsável há 20 anos pelo monitoramento dos ninhos e relacionamento com as comunidades.

Para Cesar, se fosse tocado por um homem, o projeto não teria durado tanto tempo. Segundo ele, os homens “são preguiçosos”. Sua filha, ouvindo a conversa no banco de trás, complementa: “Só a mulher pode agregar e pensar na continuidade”. A tia é a grande inspiração de Gabriela Correa, que ajuda nas palestras de educação ambiental e está prestes a terminar a graduação em agronomia e veterinária. Seu braço direito na administração do Arara-azul também é quase família, Eliza Menze é uma amiga de mais de três décadas.

Chegamos com a noite na sede de pesquisas do Instituto Arara-azul, no Refúgio Ecológico Caiman, e fomos recebidos pela equipe de campo – três mulheres e um homem. De acordo com Neiva, hoje as mulheres a procuram mais para trabalhar no projeto fora do laboratório e, por isso, são maioria em sua equipe.

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    Fiquei ansiosa para ver a dinâmica no dia seguinte. Às 6 da manhã, uma equipe quase toda feminina especialista em escalada estaria preparada para monitorar os ninhos. Agosto é o período reprodutivo, portanto, com boas chances de encontrar ninhos com ovos, filhotes recém-nascidos ou mais velhos.

    E assim, foi. Partimos em dois carros em busca dos ninhos em capões dentro da área do refúgio, onde há quase três décadas o instituto produz dados e análises importantes para os resultados de conservação. “Chamamos aqui de centro de reprodução do projeto. No total, temos 98 ninhos cadastrados”, me conta Neiva enquanto dirige.

    Se é ninho artificial ou natural, o procedimento é o mesmo: escalada, uma olhada no ninho, documentação fotográfica e muitas anotações. Também se registra se há casca de ovo no chão, se as araras estavam fazendo vocalização de defesa, se tinha abelhas no ninho. Todas essas informações são coletadas mensalmente e vão para o inventário de cada ninho.

    O saldo do dia foi interessante e revelou algumas das ameaças que rondam as araras em período reprodutivo, como predação de ninhos e invasão por outras espécies. Mas também encontramos ninhos em bom estado, cheios de ovos. No total, 17 foram monitorados.

    Toda a equipe participa das escaladas. E todas atuam junto à Neiva com um respeito muito bonito de acompanhar. Ela é uma referência em muitos aspectos.

    Arara-azul desponta de dentro de uma caixa-ninho instalada pela equipe do Instituto Arara-azul no Pantanal. As cavidades artificiais idealizadas por Neiva Guedes trouxeram um incremento importante para a população de araras na região.
    Foto de João Marcos Rosa
    Nada passa desapercebido pelos pesquisadores do Instituto Arara-azul quando estão em campo. Planilha à mão, eles anotam dados de avistamentos e coletam penas e outros vestígios da espécie que vão encontrando pelo caminho.
    Foto de João Marcos Rosa

    Amor à primeira avistagem

    Neiva Guedes quis fazer faculdade de medicina, mas, para ajudar em casa, escolheu estudar biologia à noite. Sorte das araras, do Pantanal e da conservação no Brasil.

    A paixão pelas araras-azuis foi fulminante. Recém-formada e fazendo um curso sobre conservação da natureza, Neiva avistou pela primeira vez as araras no Pantanal no mesmo dia que descobriu que estavam fadadas a desaparecer.

    A partir daí sua vida não se separou delas. Logo entendeu que para estudá-las não seria possível monitorar apenas um indivíduo, ou apenas um ninho, tinha que acompanhar vários grupos de araras. Isso só seria possível rodando o Pantanal para mapear os ninhos, contar quantos ovos tinham, quantos filhotes nasciam, onde as araras estavam se reproduzindo. Nenhuma dessas informações existiam. Foi Neiva que reuniu o extenso histórico atual.

    Foi a partir das pesquisas pioneiras da bióloga que hoje a arara-azul é reconhecida como uma espécie-chave na conservação dos ambientes. Consideradas “engenheiras ambientais”, as araras fazem cavidades em árvores que são usadas por outras espécies e dispersam frutos para muito longe da planta mãe.

    Em 1990, já com o projeto formalizado e métodos estabelecidos, ela saiu pelo Pantanal a partir da região do município de Miranda (MS) replicando sua forma de trabalho. Descobriu que precisava aprender a escalar. Descolou uma ajuda com a WWF Internacional, que enviou um biólogo americano com experiência em escalar árvores na Amazônia. Ela rapidamente aprendeu a subir os manduvis e outras árvores onde as araras costumam construir casa. “Ele ensinou uma vez e eu tinha tanta vontade de aprender que na segunda eu já falei, pode deixar”, relembra Neiva. “Em 40 dias da primeira campanha do projeto já aprendi a escalar fácil.”

    A primeira aventura de Neiva pelo topo das árvores, quando foram catalogados 54 ninhos, tornou-se o ponto de partida de um dos grandes exemplos de conservação do Brasil e do mundo.

    Araras-azuis foram capturadas aos milhares na década de 1980 para serem vendidas como aves de estimação. Ao fim da década, estimava-se uma população de apenas 1,5 mil indivíduos. Hoje, em 2019, cerca de 6,5 mil indivíduos vivem principalmente no Pantanal, mas também em áreas onde antes há muitos anos não eram registradas, como no Cerrado.

    Para a comunidade científica, um dos grandes avanços, além do envolvimento com a comunidade na conservação da arara, foi descobrir que um dos principais problemas na reprodução da espécie era a falta de cavidades naturais. Apesar da aparente harmonia do Pantanal e de um cenário paradisíaco, havia uma disputa entre aves pelos buracos nos troncos.

    “Fui estudando, entendendo, desenvolvendo a metodologia e também criando na própria natureza com a recuperação de ninhos naturais e a instalação de ninhos artificiais. A resposta foi generosa”, diz Neiva. “Agora, muitos proprietários de terras no Pantanal pedem para ter ninhos em suas áreas, ou também plantam árvores para ter araras rasgando o céu pertinho do quintal.”

    Vendo as meninas da equipe do Instituto Arara-azul em campo, logo me vem a imagem da descrição de Neiva sobre o perfil ideal das jovens pesquisadoras. Todas fazem tudo, todos os dias. Pilotam o veículo em regiões sem estradas, escalam com habilidade as árvores, carregam a comida feita à noite para seguir monitorando os ninhos e ainda seguem todo o protocolo de pesquisa. Essa interdisciplinaridade é uma característica muito importante para o projeto.

    Nasce mais um dia no Pantanal e saímos cedinho para, mais uma vez, acompanhá-las em ação, ou melhor, na escalada. Visitamos um ninho artificial, com um filhote de 46 dias. A conexão delas com as aves é imediata: as pesquisadoras conversam com o pequeno filhote com muito carinho. Logo se aproximam com cuidado de nós para dizer: “eles têm cheirinho de coco”. Comprovamos in loco o cheiro característico das pequenas araras. Após ser pesado e monitorado, o filhote é devolvido ao ninho.

    A árvore onde está instalado o ninho artificial, assim como muitas que vimos pela Caiman, tem uma proteção metálica. Trata-se de uma espécie de manejo criado pelo instituto para impedir a subida de mamíferos predadores. Semanas depois, saberíamos que essa proteção acabou por conservar os troncos do incêndio que assolou regiões do Pantanal em setembro.

    Foi a nossa última ação acompanhando a equipe pelo Refúgio Ecológico Caiman em campo. A parada seguinte já foi na zona urbana.

     

    Do alto de um jatobá de 10 m de altura, a bióloga Neiva Guedes interage com um casal de araras-azuis que a observa em frente à caixa onde está o filhote. O uso de técnicas verticais é essencial para a coleta de dados da equipe do Instituto Arara-azul.
    Foto de João Marcos Rosa
    A bióloga Neiva Guedes acessa uma caixa-ninho a cerca de 10 metros de altura para coletar amostras de um filhote de arara-azul. Trabalhando com a espécie há mais de 30 anos, ela luta para reverter um quadro de ameaça constante, com impactos que vão desde o desmatamento até o tráfico de animais. Na Fazenda Caiman, município de Miranda (MS).
    Foto de João Marcos Rosa

    Colorindo a cidade

    O impacto do trabalho com as araras nas comunidades e nas cidades é uma conexão fundamental para Neiva. Nem bem regressamos a Campo Grande, saímos para acompanhar a visita aos ninhos de araras-canindés monitoradas pelo projeto Aves Urbanas, outro trabalho sob a coordenação da pesquisadora.

    Nos primeiros minutos da abordagem da equipe, ao ver a movimentação, alguns curiosos param com celular em mãos para registrar o monitoramento e as aves nos seus ninhos. E, mais uma vez solícita, Neiva responde todas as perguntas dos passantes. O cuidado é genuíno. “Quem não gosta de ver arara todo dia?”, pergunta ela, sorrindo.

    As aves começaram a chegar em Campo Grande no ano 2000. Com 900 mil habitantes, a capital do Mato Grosso do Sul tem muitas áreas verdes e boa disponibilidade de alimento – buritis e outros resquícios de Cerrado. Depois de fugir de um severo período de estiagem e queimadas nas proximidades em 1999, as aves chegaram, começaram a se reproduzir e nunca mais foram embora. Hoje, o projeto de Neiva acompanha as relações com os humanos e os impactos da cidade, como poluição, ruído e trânsito.

    Os moradores, felizmente, já estão totalmente adaptados à presença das aves. Muitos se aproximam dos pesquisadores para passar informações do que viram. Tudo é registrado por uma equipe de dois jovens biólogos que acompanham Neiva na cidade.

    No último ninho que visitamos, a cavidade estava em uma palmeira dentro do estacionamento de uma loja. Assim que as pesquisadoras começaram a escalada para fazer o monitoramento, funcionários da loja se aproximaram para mostrar fotos das araras feitas com celular. No final, uma surpresa; uma das aves era conhecida e já sido marcada pela equipe. Emoção geral.

    Essa interação só confirma o papel educativo e a importância de trabalhar com a população desde o início. “Geralmente, a maioria das pessoas gosta das aves, não se importa com a sujeira ou o barulho, pois as aves são carismáticas e coloridas”, avalia Neiva. “E se o ambiente é bom para as araras, é um ambiente bom para nós também, para toda a fauna, para todos os seres.”

    Arara-canindé chega ao seu ninho construído no tronco de uma palmeira imperial. Uma forte estiagem em 1999, desmatamentos e queimadas na zona rural de Campo Grande e municípios do entorno levou vários indivíduos da espécie a se estabeleceram na zona urbana. No último censo, quase 200 ninhos ativos de araras-canindé foram contabilizados.
    Foto de João Marcos Rosa
    Em uma avenida movimentada de Campo Grande (MS), a pesquisadora Neiva Guedes orienta seus pesquisadores na coleta de dados sobre as araras-canindé. A espécie tem nidificado em palmeiras da cidade há cerca de duas décadas com a ajuda do Projeto Aves Urbanas, uma iniciativa do Instituto Arara-azul.
    Foto de João Marcos Rosa

    Novos desafios

    Na vida de uma pesquisadora e conservacionista no Brasil, os desafios são constantes, às vezes imponderáveis, desprovidos de uma solução metodológica. O último é entender e interligar os fatores que fizeram de 2018 o pior ano em duas décadas de trabalho com as araras.

    Inseridas em um ambiente cheio de interrelações – com o ambiente e com outras espécies –, as araras sofrem com as constantes alterações.

    Chuvas fortes em um curto espaço de tempo resultam em ovos quebrados. Mudanças no padrão de frutificação da flora pantaneira alteram toda uma cadeia alimentar. Como consequência, aumenta-se a predação e invasão de ninhos por conta da necessidade de novas fontes de alimento.

    Outro fator é o herpes vírus. Desde 2015, a bióloga estuda a origem do herpes vírus, uma doença que acomete populações de araras em fase não reprodutiva. Nos últimos quatros anos, 200 araras morreram vítimas do patógeno.

    Após poucas semanas da nossa saída do Refúgio Ecológico Caiman, um dos mais relevantes polos de pesquisa do projeto e a base de pesquisa do Instituto Arara-azul, um incêndio de grandes proporções consumiu as bordas do Pantanal e avançou com tudo na região de Miranda (MS).

    De longe, acompanhamos a angústia dos que trabalham na região pantaneira, inclusive outros projetos de conservação, sem saber o que fazer diante das fortes línguas de fogo, ativadas a todo momento pelos fortes ventos de agosto. Resultado: dos 98 ninhos cadastrados no Refúgio Caiman, 33 foram afetados de maneira indireta pelo fogo, segundo avaliações iniciais feitas por Neiva.

    “Porque acredito que é possível, porque acredito que ainda tenho um papel, uma responsabilidade a cumprir. E quanto mais temos dificuldades, mais é hora de mostrar trabalho.”

    por Neiva Guedes
    sobre sua motivação em defender as araras

    Além dessa tragédia, uma sombra que parecia extinta retorna para ameaçar as araras. Desde 2017 estão sendo registrados indícios da volta do tráfico de animais.

    “Não está nada azul para a arara-azul”, Neiva suspirava ao telefone enquanto reunia alguns dados para atualizar a reportagem.

    Mas é reconfortante resgatar as conversas que tivemos em campo durante os três dias que passamos pelo Pantanal na melhor época do ano, com animais se reproduzindo e muitas araras namorando a nossa volta.

    Diante de enormes desafios, tanta pressão antrópica, e que por muitas vezes fogem da capacidade de atuação do Instituto Arara-azul, por que continuar lutando pela conservação?

    “Porque acredito que é possível, porque acredito que ainda tenho um papel, uma responsabilidade a cumprir. E quanto mais temos dificuldades, mais é hora de mostrar trabalho.”

    A resiliência é uma característica importante dos conservacionistas. E a missão de Neiva é semelhante à das araras: criar abrigo para outras espécies, contribuir com a dispersão das sementes para a manutenção da biodiversidade e ensinar conservação através da beleza da natureza.

    Esta reportagem foi parcialmente financiada pela Fundação Toyota do Brasil. Paulina Chamorro é jornalista e João Marcos Rosa, fotógrafo, ambos colaboradores da National Geographic Brasil. Conheça o trabalhos deles no Instagram: @Pauli_Chamorro e @JoaoMarcosRosa.

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