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Relatório COVID-19: Tecnologias para auxiliar no Fortalecimento da Economia

Na semana passada, publicamos o primeiro capítulo do nosso Relatório Microsoft COVID-19: Como a tecnologia ajudou empresas e sociedade a enfrentar os desafios trazidos pela pandemia, mostrando o auxílio da tecnologia na saúde pública. Hoje, queremos contar mais sobre como as soluções inovadoras da Microsoft estão auxiliando a impulsionar a economia. 

Destaques: 

Hackathon apresentado pela Enap e apoiado pela Microsoft contou com mais de 900 inscritos, divididos em 66 equipes, e 123 mentores. 

Iniciativa Máscaras + Renda recebe R$ 11,284 milhões para confecção de 3 milhões de máscaras, beneficiando cerca de 2 mil costureiras em todo o Brasil. 

 “A expectativa da Enap era gerar ideias, conhecimentos e soluções que ajudem a melhorar as condições de geração de emprego e renda, a partir de iniciativas de análises de dados.” 

Empregabilidade e capacitação 

Apoio ao desenvolvimento de soluções inovadoras para impulsionar a economia 

Encontrar soluções inovadoras para os impactos econômicos e sociais causados pela pandemia de COVID-19 foi o desafio apresentado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) aos participantes de um hackathon on-line promovido por ela, apoiado pela Microsoft e realizado pela Think Lab. O Coronathon teve a participação de mais de 900 inscritos, divididos em 66 equipes, que contaram com 123 mentores para desenvolver seus projetos. 

duas pessoas trabalhando em uma mesa com notebooks

A maratona foi dividida em cinco etapas: formação das equipes multidisciplinares, imersão (identificação e conhecimento do problema), ideação (geração de ideias), prototipação (transformação de ideias em algo palpável) e entrega da solução final. A expectativa da Enap era gerar ideias, conhecimentos e soluções que ajudassem a melhorar as condições de geração de emprego e renda, a partir de iniciativas de análises de dados. 

Segundo projeções do Ministério da Economia, o PIB brasileiro deve apresentar um recuo de 4,7% em 2020. As políticas de distanciamento social, apesar de necessárias, podem acentuar os efeitos econômicos diretos (perda de produção e queda mais acentuada no PIB de 2020) e indiretos (maior número de empresas decretando falência, maior endividamento público e privado e aumento na taxa natural de desemprego). De acordo com o IBGE, entre a terceira e a quarta semana de agosto, o número de desempregados no País chegou a 13,7 milhões de trabalhadores. Um cenário como esse torna cada vez mais importantes iniciativas que auxiliem na relocação profissional, na qualificação técnica e no empreendedorismo. 

Ao fim de 72 horas de atividades, foram anunciadas as cinco melhores soluções: Mais Emprego (1º lugar), MentorBot (2º lugar), Soft Heroes (3º lugar), Impacto (4º lugar) e Anabot (5º lugar), que receberam, respectivamente, prêmios de R$ 8 mil, R$ 6 mil, R$ 3 mil, R$ 2 mil e R$ 1 mil. Além da premiação em dinheiro, as equipes participaram de um programa de mentoria com Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil. Um programa de ideação da organização WE Impact também foi destinado às melhores equipes femininas ou mistas, formadas por, ao menos, 50% de mulheres. 

A equipe Mais emprego, liderada por Felipe Camargo Pacheco, propôs integrar as bases de dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Sistema Nacional de Emprego (SINE), apresentando as vagas de emprego customizadas aos trabalhadores que possuem carteira registrada. Assim, a base de dados seria aprimorada com informações mais relevantes para a identificação do perfil do trabalhador. 

Uma solução formada por um questionário para verificar o perfil empreendedor dos indivíduos a partir de soft skills e encaminhálos para um programa de interação e mentoria, por meio de um chatbot, foi apresentada pela equipe liderada por Artur Cavalcanti, a MentorBot. 

Na proposta defendida pela equipe Soft Heroes, liderada por Letícia Massetini, a gamificação seria a ferramenta para promover o desenvolvimento de habilidades comportamentais. Dessa maneira, a busca do perfil profissional e da interatividade entre empregadores e trabalhadores seria facilitada. 

Conduzida por Tiago Oliveira da Silva, a equipe Impacto mostrou uma solução para resolver a automatização da fase de compatibilidade entre o perfil de vagas e os trabalhadores, assim como a comunicação da disponibilidade dessas vagas. 

E, por fim, a Anabot, liderada por Leonara Cesário da Silva, trouxe a proposta de um chatbot via web, que poderá ser acoplado a um ou mais sites de emprego, como o SINE, para ajudar o trabalhador em busca de uma vaga de emprego e um empregador que procura o melhor candidato para sua vaga. 

Tecnologia da Microsoft na linha de frente para gerar renda para costureiras 

A produção de máscaras para prevenção do contágio pelo novo Coronavírus está se tornando fonte de renda para cerca de 2 mil costureiras em todo o Brasil, que perderam sua fonte de renda por conta da pandemia. 

mulher costurando

Agora, elas fazem parte da iniciativa Máscara + Renda, idealizada pela Fundação Vale e pela Rede Asta, em parceria com Wheaton Precious Metals, Petrobras, USAID, NPI Expand, Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), SITAWI Finanças do Bem e BRK Ambiental, da qual a Microsoft é coparceira.  

A iniciativa tem como proposta oferecer oportunidades de geração de renda para mulheres durante a pandemia de COVID-19. As costureiras selecionadas recebem a matéria-prima e um pagamento por máscaras produzidas por dia, garantindo uma renda mensal de até R$ 900 reais.  

De acordo com os organizadores da iniciativa, as mulheres mapeadas apresentam o seguinte perfil: 60% são chefes de família e pertencentes às classes de C e D; 52% vivem em regiões em situação de vulnerabilidade social; 82% têm filhos; 54% vivem em bairros periféricos; 54% têm escolaridade até ensino médio; 44% vivem com renda mensal de até R$ 750,00; e 43% têm 50 anos ou mais.  

Até o final de setembro de 2020, a iniciativa somava quase 770 mil máscaras produzidas. O insumo é doado para organizações sociais indicadas pelas próprias costureiras e artesãs, que distribuem os itens para pessoas necessitadas, disseminando a cultura da prevenção.  

Para apoiar o projeto, a Microsoft disponibilizou gratuitamente o Dynamics 365, plataforma tecnológica de aplicações de negócios, e um portal de aplicação Web, desenvolvido pelo Instituto Eldorado. Com a tecnologia, é possível otimizar o gerenciamento das atividades e o controle do pagamento das profissionais beneficiadas, pois se obtêm informações detalhadas sobre o aproveitamento do potencial de cada atividade e uma melhor avaliação do processo como um todo.  

Inicialmente, a Fundação Vale e a Wheaton Precious Metals investiram R$ 5,5 milhões na iniciativa, mas, para ampliar seu alcance, ela foi aberta a novos parceiros. Graças à articulação com outras empresas e à construção de uma Rede de Investidores Sociais, a meta do projeto foi alcançada, chegando a R$ 11,284 milhões para confecção de 3 milhões de máscaras, beneficiando cerca de 2 mil mulheres que estão produzindo em suas próprias casas.  

Além da Microsoft, são coparceiros: Yara, Suzano, Instituto Alcoa, Ultragaz, Eletrobras, GWC Foundation e Ford Motor Company Fund, Komatsu, Trafigura Foundation, Contour Global, Arcadis, Cummins e DCML, Della Volpe, Klabin, VIX Logística, SAP e Instituto Eldorado. São apoiadores: Agenda Pública, EDF Norte Fluminense e Dow Química.  

O projeto conta, ainda, com o apoio dos parceiros mobilizadores: Vale, Coletivo COVID Radar, CEBDS – Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, Câmara de Comércio França Brasil, Deloitte, Instituto Acende Brasil, IBRAM – Instituto Brasileiro de Mineração, Firjan, FINDES, FIEPA, SIMINERAL, União ES e Women in Mining Brasil. 

Programa estimula capacitação remunerada no setor de seguros  

Um dos impactos provocados pela pandemia do Coronavírus no Brasil foi o crescimento no número de desempregados. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre maio e julho houve aumento de 20,9%. Assim, o País fechou o mês de julho com 12,2 milhões de pessoas sem trabalho. Este número corresponde a 2,1 milhões a mais que o dado registrado em maio. 

Considerando este cenário, a Porto Seguro lançou um projeto de impacto social para oferecer oportunidades de trabalho para 10 mil pessoas. A iniciativa Meu Porto Seguro foi criada como programa de capacitação profissional via EAD e gerar renda extra mensal para os participantes ao longo de três meses. Nesse período, cada um recebe R$ 1.500 mensalmente.  

Para tirar o projeto do papel, o programa contou com o apoio do parceiro Bizapp e da Microsoft, com a contratação de tecnologias, entre elas Dynamics 365, Power Apps, Power Automate e Power Virtual Agents. A empresa executou o projeto e colocou o sistema no ar em apenas duas semanas. Ainda nos primeiros dias, a iniciativa já contabilizava mais de 664 mil registros de interesse e 280 mil cadastros concluídos no projeto. Comprometida com o desenvolvimento de soluções para gerar renda, a Microsoft se tornou parceira do Meu Porto Seguro e doou mais tecnologia.  

A Porto Seguro disponibilizou um site para os interessados se cadastrarem. Os inscritos também podem indicar a iniciativa para amigos, assim ela alcança o maior número de participantes possível. Após a fase de inscrições, os recrutadores da Porto Seguro iniciarão a seleção dos 10 mil novos colaboradores. Concluída a primeira etapa do processo, os participantes do programa vão receber capacitação e treinamento a distância (EAD).  

A proposta do projeto é criar uma grande rede de solidariedade por meio da qualificação e da geração de oportunidades. Além disso, o programa Meu Porto Seguro irá disponibilizar cursos a distância gratuitos e abertos ao público com aulas diárias de duas horas para aqueles que quiserem aprender mais sobre seguros e produtos, com o básico sobre prospecção, leads e retorno. Dessa forma, a empresa consegue abranger a capacitação de profissionais e agregar ao currículo das pessoas. 

Aplicativo criado com apoio da Microsoft beneficia mais de 10 mil paulistas com refeições gratuitas  

Em 1º de junho de 2020, o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, anunciou uma iniciativa que estabelece a dispensação do pagamento das refeições nos restaurantes do Bom Prato – programa criado para servir refeições de qualidade a preços acessíveis à população de baixa renda – para as pessoas em situação de rua, visando garantir a segurança alimentar e a proteção social. 

A partir da doação da plataforma Power Apps, a Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) desenvolveu gratuitamente um aplicativo para cadastrar essas pessoas em situação de rua. Os dados de cadastro e os códigos de identificação foram armazenados e gerenciados no Dynamics 365, conjunto de aplicativos de negócio baseado na nuvem. A solução contou com o apoio da Microsoft e do parceiro Best Projects.  

As pessoas em situação de rua cadastradas receberam um cartão de PVC com um QRCode, a ser apresentado em uma das unidades do Bom Prato para leitura e retirada de três refeições (café da manhã, almoço e jantar). O cadastramento foi feito de forma bastante simples (nome, localidade e data de nascimento) por meio de busca ativa, nas quais os agentes sociais foram a campo coletar as informações, e também nos CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social – e nos Centros POP – Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua.  

Com ajuda da tecnologia, a iniciativa, que estabelece a dispensação do pagamento das refeições nos restaurantes Bom Prato, permitiu a agilidade no atendimento, diminuiu o contato entre as pessoas e a possibilidade de contágio pela COVID-19 em filas ou aglomerações, e também a administração e monitoramento do serviço com eficiência e transparência.  

Ao todo, 31 prefeituras aderiram ao serviço, firmando convênio de cooperação, quantificando, identificando e cadastrando 10.790 mil cidadãos do estado na Grande São Paulo, litoral e interior. Inicialmente, o aplicativo criado em parceria com a Microsoft, que teve início em 1º de junho de 2020, ficaria disponível até o dia 31 de julho. No entanto, foi prorrogado para funcionar até o dia 30 de setembro, quando foi encerrado. O número total de refeições foi de 480.219, sendo cerca de 117 mil cafés da manhã, 243 mil almoços e 119 mil jantares.  

Vale lembrar que, desde o início da pandemia, a Secretaria de Desenvolvimento Social adequou rapidamente o serviço das 59 unidades da rede Bom Prato às medidas estaduais de enfrentamento ao novo coronavírus, servindo as refeições para retirar, em embalagens e com talheres descartáveis, ampliando o horário de atendimento para evitar aglomerações, reforço constante sobre as orientações de prevenção, instruindo o distanciamento social na fila (inclusive com marcações no chão), fornecendo álcool em gel e disponibilizando lixeiras nas calçadas para o descarte correto das embalagens. Além disso, o serviço foi ampliado em 60%, garantindo 3,2 milhões de refeições por mês.